Mais um capítulo para definição da renovação do contrato:

Porém, ação judicial ainda complica a negociação, pois, o Flamengo corre grande risco de ter algumas de suas receitas penhoradas.



O futuro de Pet no Flamengo vem sendo discutido em uma série de capítulos. Na última quarta-feira, o empresário de Pet, Josias Cardoso, teve mais uma reunião com a diretoria rubro-negra para tratar do assunto. Apesar do imbróglio judicial que atrapalha a negociação, todas as partes seguem otimistas de que o sérvio renovará seu contrato, que termina no próximo dia 15.

Porém, para isso acontecer, Flamengo e Petkovic precisam chegar a um acordo. O fato de o advogado dele ter acionado o clube na Justiça por descumprimento do acordo firmado em 2009 tem atrapalhado toda a negociação.

Tudo porque o acordo firmado em 2009 para Petkovic retornar ao Flamengo previa que, em caso de 90 dias de atraso no pagamento das parcelas das dívidas com ele ou seu advogado, o jogador poderia interromper tudo. Foi isso que aconteceu a partir de outubro de 2009, quando as parcelas começaram a não ser pagas. Quando Patrícia Amorim assumiu o clube, sua gestão seguiu sem cumprir o acordo por considerar que a responsabilidade era da administração anterior, motivando o advogado do sérvio a acionar a Justiça.

Na última quarta-feira a presidente Patrícia Amorim, o vice de futebol, Hélio Ferraz, e o vice de finanças, Michel Levy, tiveram um novo encontro para discutir todo o assunto. Apesar de todo o problema jurídico, que ainda está longe de uma solução, todos deixaram a reunião animados.

- Estamos caminhando para uma solução para que o Petkovic continue no Flamengo – disse Hélio Ferraz.

Josias Cardoso também se mostrou confiante na assinatura de contrato até maio de 2011 e ressaltou que seu jogador sempre esteve disposto a colaborar com o Flamengo.

- Eu e o Pet sempre estivemos otimistas. A negociação caminhou bem na última reunião que tivemos, seja na parte do contrato de trabalho ou na parte do acordo. Pet sempre deixou clara qual é a sua vontade, apesar de ter ficado com certo trauma depois do que aconteceu com a diretoria anterior de futebol (liderada por Marcos Braz). Mas a atual diretoria está sabendo lidar com respeito com o Pet, que chegou a abrir mão de R$ 8 milhões para voltar ao Flamengo. Acho que a questão jurídica poderá ser atenuada – disse o empresário, sem garantir que a ação será retirada.

Segundo ele, o que deve acontecer é uma nova forma de parcelamento da antiga dívida que Pet cobrava do Flamengo na Justiça que motivou o acordo assinado em 2009. Dessa maneira, o clube não ficaria com as suas receitas penhoradas. Em compensação, como os valores da dívida rubro-negra com ele e seu advogado devem aumentar por conta do atraso no pagamento, as parcelas devem ser mais caras ou o número de prestações aumentará.